
Marcelo Yared*
Praticamente todos os equipamentos eletrônicos modernos utilizam diodos de estado sólido. Muitos destes utilizam diodos que emitem luz, conhecidos como LED (do inglês Light-Emitting Diode).
E, por se tratar de um componente que experimentou uma grande evolução tecnológica e de uso neste século, tendemos a achar que o LED é algo novo. Mas não é. As primeiras experiências com foto-emissão por elementos de estado sólido são datadas do início do século XX, há mais que 100 anos atrás.
Em 1907, H.J. Round, cientista inglês, em Londres, descobriu a eletroluminescência usando Carboneto de Silício e Oleg V. Losev, na Rússia, fez o mesmo de forma independente, no mesmo ano.
Na década de 1920, Oleg V. Losev estudou o fenômeno dos diodos emissores de luz em aparelhos de rádio. Seu primeiro trabalho com LED refere-se à emissão de luz utilizando-se Carboneto de Silício (SiC). Seus trabalhos foram esquecidos até a década de 1950.
Os estudos continuaram no mundo todo, até que, em 1961, James R. Biard e Gary Pittman desenvolveram o primeiro LED infravermelho na Texas Instruments, em Dallas, no Texas. Foi descoberto por acidente, pois a pesquisa se destinava, na verdade, à fabricação de um diodo varactor de Arsenieto de Gálio (GaAs) para uso na banda X, durante um teste de um diodo túnel.
Finalmente, em 1962. Nick Holonyack Jr., trabalhando nos laboratórios da General Electric, em Syracuse, Nova Iorque, desenvolveu o primeiro LED de luz visível, na cor vermelha, utilizando Fosfeto de Arsenieto de Gálio (GaAsP) em um substrato de GaAs.
*Engenheiro eletricista