● Defeitos nos indutores. Corrosão, oxidação, danos físicos, núcleos quebrados ou removidos, curtos-circuitos. Consequências diretas: alteração da ressonância e do desempenho do transformador de FI. Umidade, fungos e insetos também podem comprometer severamente o “Q” do indutor.
● Soldas frias, conexões rompidas. Estanhamento incorreto das terminações de fio Litz. Interrupção do funcionamento. Ruído de “fritura”.
● Fugas, curtos-circuitos, soldas frias nos capacitores ajustáveis das bobinas de FI mais antigas. Nas bobinas com capacitores ajustáveis tipo “padder”, pode ocorrer oxidação nas armaduras ou falhas na isolação de mica.
● Microfonia. Sensibilidade às vibrações físicas transmitidas pelo alto-falante, por exemplo, causando realimentação acústica ou instabilidades no sinal.
Outros defeitos possíveis no canal de FI:
● Oscilações por falta de neutralização.
● Defeitos em válvulas, resistores e outros componentes associados do estágio. Os componentes podem falhar ou mudar de valor.
● Falta da blindagem dos transformadores de FI. Acoplamento indesejado entre estágios, devido a falhas na blindagem ou por disposição incorreta da fiação.
Bobinas de elevado fator de qualidade
O fator “Q” de um indutor é uma medida de eficiência. Indica quão bem um indutor realiza suas funções sem dissipar energia. Ele é definido como a relação entre a energia armazenada magneticamente no indutor e a energia perdida por efeitos resistivos durante um ciclo completo de operação.
O “Q” indica a eficiência com que um indutor pode armazenar e liberar energia: é a medida do desempenho ou da “qualidade” de uma bobina.
Nos receptores, a tensão desenvolvida através de um circuito ressonante paralelo é proporcional ao “Q”. Resumidamente, sem entrarmos em fórmulas matemáticas, o fator “Q” representa a medida do ganho de um circuito.
Quanto maior a indutância que se puder obter com o mínimo de resistência, maior será o “Q” e, consequentemente, maior o ganho e a seletividade que podem resultar no circuito.
Indutores de “Q” elevado, utilizando condutores tipo Litz, não são fáceis de realizar sem máquinas adequadas, ou seja, sem bobinadoras (vide Figura 9) capazes de produzir enrolamentos tipo honeycomb (favo de mel).