A etapa de FI e seus admiráveis transformadores

Estas ondas de baixa frequência propagam-se por todo o globo terrestre e podem ser detectadas a milhares de quilômetros da fonte do ruído. Os transformadores de FI não visavam e não eram produzidos para “menos estática”.

Os ruídos atmosféricos abrangem principalmente os raios, mas antigamente eram confundidos como “estática” também as interferências de origem artificial, produzidas por dispositivos e máquinas elétricas.

Figura 12: Transformador de FI Douglas, sobreposto em anúncio do próprio fabricante.  A propaganda foi veiculada antigamente em ANTENNA e afirmava que os transformadores de frequência intermediária Douglas “conquistavam o espaço” e ofereciam melhor rendimento, melhor recepção, grande seletividade e “menos estática”.

A redução de interferências radioelétricas não é resolvida eficientemente apenas com transformadores de FI. Tipicamente, no caso, o que poderia ajudar seriam filtros pré-seletores, passa-banda de RF, na entrada do receptor, filtros na alimentação de CA, blindagens etc. 

Em especial, melhores resultados contra ruídos atmosféricos conseguem-se com circuitos de filtragem e de rejeição, principalmente com supressores dinâmicos de ruído (noise blankers), que já existiam na época (década de 50).

A diminuição de estática, se ocorre, é pela otimização do desempenho do receptor, pelo bom rendimento, boa seletividade ─ enfim, pelo incremento na transferência do sinal e pela rejeição dos sinais interferentes laterais.

Era o que tínhamos para esta edição, pessoal! Aviso aos principiantes: nada de bulir em etapas de FI. Receptores antigos raramente necessitam de “revisão da calibração por causa da idade”. Até a próxima: bons trabalhos nos “enrolamentos” do sempre fascinante mundo da retrônica!

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