Seria inviável, mas serve como ponto de partida para os estudos. Faltaria providenciar um núcleo de ferrite para possibilitar um recálculo visando redução das dimensões da bobina… Ficou enorme. Não caberia no interior de uma caneca de FI.
Como se vê fica inviável, na prática, a construção caseira de indutores de FI, em fio Litz, para frequências baixas, com núcleo de ar. Torna-se indispensável, caso se precise fabricar transformadores de FI para reposição, trabalhar com núcleos de material ferromagnético.
Infelizmente, para que possamos calcular indutores com núcleos feitos com ferro pulverizado (ferrites), é indispensável conhecer a permeabilidade do material, um dado que nem sempre está ao alcance dos hobistas.
Dicas dos antigos: na prática, para tentar refazer enrolamentos, adote sempre um número de espiras uns 20% a 30% maior que o encontrado no indutor avariado ou pelas fórmulas. No caso das 120 espiras de fio Litz que comentamos, refaça o enrolamento adotando de 144 a 156 espiras, por exemplo. Depois, vá medindo e reduzindo o número de espiras até que a indutância chegue ao valor correto.
Quais são as vantagens dos enrolamentos tipo honeycomb? Muito usado em RF, o enrolamento honeycomb diminui a quantidade de fio em espiras paralelas adjacentes. As espiras que se cruzam em ângulo diminuem as perdas de energia. Diminuem também as capacitâncias parasitas que ocorrem nos enrolamentos comuns, pelo paralelismo dos fios.
Um lembrete: os capacitores fixos nas FIs de 455 kHz, geralmente tinham capacitância de 100 a ±150 pF. Nas reposições, utilize capacitores com valor idêntico ao estampado no esquema do rádio. Não improvise empregando capacitores de outros valores.
Com capacitores menores que 50 pF, o circuito pode sair de ressonância, pela simples troca da válvula. Capacitância muito acima da requerida poderá fazer com que a ressonância central caia muito fora dos 455 kHz. Perda da frequência de ressonância é a explicação para muitos tarugos de ferrites, que encontramos, às vezes, completamente para fora (ou para dentro) das bobinas.
Na foto da Figura 11, acima, vê-se uma bobina antiga de FI, feita com condutor Litz de sete fios.