A etapa de FI e seus admiráveis transformadores


Figura 9: Reenrolamento tipo “honeycomb”, em fio Litz, para reparação de indutor danificado. O mecanismo de came, circulado em verde, possibilita o zigue-zague do fio, característico dos enrolamentos com fios Litz. O condutor Litz é multifilar, o que reduz as perdas. O revestimento isolante em seda ou algodão do fio Litz ajuda a manter o enrolamento “armado”, até que seja protegido com cera ou parafina.

No caso de transformadores de FI danificados, a primeira opção deve sempre ser a substituição por equivalente, em bom estado, nem que seja aproveitado da sucata. Somente em último caso, ou seja, se não houver outra opção, se o núcleo e a forma da bobina estiverem intactos, poderá ser tentada a confecção de um enrolamento caseiro em substituição.

A dificuldade maior sempre será conseguir-se confeccionar uma bobina que fique com características iguais à danificada. Isso somente seria possível se utilizássemos fio Litz idêntico ao original, a mesma forma, a mesma máquina de enrolamento, as mesmas medidas da bobina, a mesma área abrangida pelo núcleo, o mesmo acoplamento entre o primário e secundário, o mesmo entrelaçamento, idêntico número de espiras etc. Somente assim, alcançada idêntica indutância, com o mesmo fator “Q”, não precisaríamos, eventualmente, fazer grandes ajustes no transformador substituto e no circuito.

Eis algumas dicas quando, em último caso, se necessitar substituir um enrolamento danificado. A primeira providência é medir cuidadosamente as dimensões e a indutância do enrolamento não danificado. Geralmente os enrolamentos primário e secundário são idênticos na indutância.

Fotografe ou desenhe o sentido do enrolamento, espaçamento e as suas conexões. Derivações nos enrolamentos, como as adotadas nas FIs Philips, estavam a 0,7 do bobinado total, a partir do lado de massa.

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