NÃO JOGUE NO LIXO
Paulo Brites*
Na parte I, que foi publicada na edição de setembro/2021 de Antenna, eu tratei primeiramente da escolha da fonte pois, sem dúvida, este é um quesito fundamental para o êxito do projeto.
Falei dos cuidados com a alimentação (127/220V) e da parte de isolamento, que é de suma importância, uma vez que o primário das fontes chaveadas sempre vai ligado diretamente à rede elétrica.
Entretanto, minha intenção não é apresentar um projeto pronto e acabado, até porque, ele dependeria da fonte que você tenha em mãos para usar.
Quero apresentar ideias e incentivar o técnico a seguir o seu próprio caminho, fazendo as adaptações e alterações que forem necessárias, de acordo com o que possui, com o seu interesse e com a aplicação que pretende dar à fonte.
Já foi definido, na parte I, que a fonte terá as seguintes saídas, todas com voltímetros/amperímetros digitais independentes: 3.3V, 5V e 12V.
Fica a seu critério disponibilizar também bornes para -5V e -12V com os respectivos voltímetros/amperímetros separados para cada um, se for de seu interesse.
Vale ressaltar que, neste caso, teremos que ter um cuidado extra quanto à alimentação dos voltímetros/amperímetros, que deverá ser independente da fonte ATX.
Outro ponto a ser lembrado é que as saídas negativas das fontes ATX, em geral, não são capazes de fornecer correntes superiores a 1A e, portanto, talvez não valha a pena utilizá-las.
Sugeri também a inclusão de uma fonte de saída variável entre 12V e 60V utilizando um conversor DC-DC.
E é sobre a instalação desse conversor que dedicarei esta segunda parte do artigo, pois ele carece de cuidados especiais.
*Professor de Matemática e Técnico em Eletrônica