A cargo de Ademir, PT9HP
Há 25 anos atrás, publicamos em uma coluna na revista Antenna/Eletrônica Popular um artigo falando sobre o fim da fabricação de válvulas para equipamentos de rádio, ainda em mãos de milhares de radioamadores. Foi uma chuva de contestações…. Mas, quem estava certo?
Alguns colegas escreveram dizendo que na loja das válvulas ainda existiam milhares delas para venda. O curioso é que tal loja estava fechada há quase vinte anos!
Atualmente, o preço de uma válvula para um rádio Delta 500 custa o equivalente a uma fazendinha aqui no Mato Grosso do Sul. O que ainda existe são estoques escassos e preço em dólar lá nos Estados Unidos. Por aqui, vez ou outra, se encontram anúncios delas usadas, a um preço bem elevado.
Em relação aos rádios Faixa do Cidadão, cabe aqui uma consideração que nada tem a ver com obsolescência, mas sim, uma guerra comercial entre potências mundiais, com a escassez de circuitos integrados e mão de obra cara. O transporte marítimo é outro problema: os valores de mercadorias em container aumentaram dez vezes, segundo importadores grandes de Cidade do Leste, Paraguai, nos últimos anos.
Há uns dois ou três anos, ainda se encontravam no Paraguai rádios de 150 dólares, como o famigerado Cobra 148GTL, fabricado na China. Além dos fabricantes pararem com sua produção (rádios AM/FM são mais baratos para produzir) a diferença de cotação entre moedas é um grande fator para seu alto custo: um transceptor Faixa do Cidadão SSB custa de 800 a mais de mil Reais no Paraguai. Basta levar em conta o dólar a quase 6 reais e os aparelhos custando no mínimo duzentos dólares.
Se aí na sua cidade você encontrar aparelhos usados por menos de 500 reais – no caso dos clássicos Cobra 148GTL – compre! Além de raros, não se fabrica mais e os atuais custam os olhos da cara, novos, na loja.
Fim de uma outra era? Não me arrisco a dizer, pois o mundo do comércio está muito obscuro e o futuro é sempre uma incerteza. Mas acho que abundância de lançamentos, como vimos em meados dos anos 90 até pouco depois do ano 2000, não teremos mais.
Fim de uma outra era? Não me arrisco a dizer, pois o mundo do comércio está muito obscuro e o futuro é sempre uma incerteza. Mas acho que abundância de lançamentos, como vimos em meados dos anos 90 até pouco depois do ano 2000, não teremos mais.
73 a todos!
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