Após mais de noventa anos, pouquíssimas publicações possuem uma história tão rica e emocionante como a da Revista Antenna, a qual vivencio desde a década de 1940, quando ainda criança observava meu pai folhear as páginas da revista.
É minha intenção registrar para a posteridade pelo menos parte dessa História, que se inicia com o surgimento do Rádio no Brasil, em 1922.
Jaime Gonçalves de Moraes Filho*
A Exposição de 1922
Para comemorar o Centenário da Independência do Brasil, o Governo decidiu montar uma Exposição Internacional, em que cada pais pudesse apresentar aos visitantes os diversos aspectos da Cultura, das Artes e da Tecnologia. Aproveitando-se o desmonte do Morro do Castelo, na cidade do Rio de Janeiro, uma grande área aterrada foi destinada à exposição.
Enquanto as obras da Exposição Internacional de 1922 entravam na fase de acabamento, no alto do Corcovado uma outra obra estava quase terminada. Como objeto de exposição, a Westinghouse trouxe para o Brasil um dos expoentes da evolução tecnológica: o transmissor de radio-difusão.
A opinião de que os pontos elevados eram os mais favoráveis para a montagem de estações de rádio levou o Sr. John C. Stroebel, antigo radioamador norte-americano, enviado pela Westinghouse Electric International Co., a escolher o Alto do Corcovado para a instalação do seu transmissor, mais exatamente no coreto denominado “Chapéu do Sol”, que serviria de abrigo para a estação.
Com a cooperação de José Jonostkoff de Almeida Gomes, Mario Liberatti e Henrique Ribeiro, postos à disposição pela empresa em que trabalhavam, a Light & Power, foi montado o transmissor no coreto envidraçado, o qual serviria também como estúdio para a transmissão de discos e notícias durante os sete meses de atividade da exposição.
*Engenheiro de Eletrônica
História gostosa de ler e saber
Muito interessante, que nunca se perca esta historia
Maravilha.
Gostaria de saber mais a respeito.
Muito bom, gosto muito de radio e não sabia desta historia