Um dos poucos receptores ─ ou quem sabe o único genuinamente “rabo-quente produzido no país ─ era “brasileño, pero no mucho”: vinha da Argentina
O receptor foi o conjunto Douglas 6C45. Foi trazido da Argentina no fim da década de 1930, início da década de 1940, e vendido, montado ou em forma de kit (conjunto de peças), pela Casa Sotto-Mayor, que ficava localizada na Rua Libero Badaró n.º 645, no centro de São Paulo. O conjunto também foi comercializado por empresas como a Radio Rama, do Rio de Janeiro.
O radiorreceptor tinha duas bandas, “longas e curtas”. “Ondas longas” era como se denominava, antigamente, a atual faixa de onda média. Era um circuito com cinco válvulas: 6K8, 6K7, 6Q7, 6F6 e 80, 5Z4 ou 5Y3.
Figura 1. A versão “rabo-quente” do Douglas 6C45, ou seja, com resistor de queda embutido no cabo de alimentação, funcionava em 110 V e usava as válvulas 6K8, 6K7, 6Q7, 25A6 e 25Z6. O resistor de 180 Ω, embutido no cabo, era de nicrome, isolado com amianto.
*Dante Efrom, PY3ET – Antennófilo desde 1954.
Nossa, que nostalgia que bateu! Mexer em rádios e televisões valvuladas que funcionavam tanto em AC como em DC!
Gratos pela mensagem, colega Fausto. A retrônica está na moda, a pleno vapor. Aproveitamos para relembrar aos leitores que os aparelhos antigos tipo CA-CC, ou seja, sem transformador, apresentam risco de choques elétricos potencialmente perigosos. A lida nesse tipo de equipamento deve ser executada por pessoas treinadas e adotando os indispensáveis procedimento e equipamentos de segurança, entre os quais o transformador de isolação. Recomenda-se também a adoção de IDRs, interruptores diferenciais residuais na bancada de serviços ou na instalação domiciliar. Em breve falaremos deles em ANTENNA. Abraço, permaneça em contato!