João Yazbek*
Todos os amplificadores de potência, independentemente de sua aplicação – nos segmentos residencial, profissional ou automotivo – são projetados para executar a mesma função: fornecer energia suficiente para excitar os alto-falantes.
O sinal da fonte de programa ou do processador/pré-amplificador tem um nível relativamente baixo (em torno de 1 V) e potência muito pequena. O amplificador aumenta a amplitude desse sinal e o adequa às baixas impedâncias oferecidas pelos alto-falantes, ou seja, oferece um ganho de amplitude e de potência.
A maior virtude de um bom amplificador é não alterar o que entrega em sua saída, através da introdução de artefatos não musicais no sinal, que podem basicamente ser descritos como distorções e ruídos.
Alto-falantes, normalmente, apresentam uma impedância da ordem de alguns ohms para o amplificador, sendo 8 ohms e 4 ohms os valores mais comuns para áudio residencial e 4 ohms e 2 ohms os valores dominantes nos meios profissional e automotivo. Logo, para fornecer potência aos alto-falantes, o amplificador deve fornecer tensões e correntes relativamente elevadas.
É justamente nesse ponto que começam os problemas para qualquer tipo de amplificador, de qualquer topologia e usando qualquer tipo de elemento ativo – válvulas e transistores bipolares ou FETs (que são, em linhas gerais, os dois tipos de transistores mais comuns encontrados em áudio).
*Mestre em Engenharia Eletrônica