Característica de Gravação*

Por

DRANCE AMORIM

Especial para ANTENNA

O que são as “curvas” de gravação fonográfica, a sua razão de ser e o porquê da necessidade de equalização no equipamento reprodutor.

Com o advento dos modernos sistemas de reprodução sonora e o crescente esforço no sentido de uma reprodução cada vez mais perfeita, novos procedimentos foram introduzidos nos processos de gravação e reprodução, com o inevitável cortejo de termos e expressões até então inexistentes.

Assim, ouvimos frequentemente falar em “equalização”, “característica de gravação”, curvas como a “ffrr”, “AES”, “RIAA”, “NARTB” etc. A maioria dos amantes da alta fidelidade sabe que cada marca ou grupo de marcas de discos requer um determinado tipo de “equalização” para serem corretamente reproduzidos, uns seguindo a curva “RIAA”, outros a “Columbia LP” e assim por diante, trazendo os modernos equipamentos de alta fidelidade um controle especial para a escolha da equalização, onde um certo número de curvas está indicado. Entretanto, o que um grande número deles não sabe, é o que vem a ser equalização, o que significam as curvas de gravação e qual a razão de ser das mesmas.

O grande número de perguntas que me têm sido feitas por parte de amigos sobre este interessante assunto, induziu-me a escrever este artigo, no qual tentarei dar uma ideia clara do que vem a ser “característica (curva) de gravação”, a sua razão de ser e a necessidade de “equalização”. Outros termos como “transição” (turnover), “pré-ênfase”, “de-ênfase”, etc serão, também, explicados.

Como este artigo se refere à gravação e reprodução de discos, deixaremos de lado os outros processos de reprodução sonora.

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*Nota da Edição: este artigo foi reproduzido da edição de maio de 1957 (volume 344), de Antenna, e constitui um interessante registro histórico e de porque são necessárias curvas de equalização quando se reproduzem fontes de áudio com gravação mecânica ou magnética, analógicas. Na época, com a indústria ainda em seu começo, não havia apenas um processo de gravação no mercado, e o padrão que prevaleceu, e é usado até hoje, foi o RIAA, que é estudado pelo Prof. Álvaro Neiva, nesta edição e nas anteriores. Como o leitor verá, havia outros. O texto foi atualizado para a gramática atual.

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