Marcelo Yared*
Quem era habilitado a dirigir automóveis nas décadas de 1970 e 1980 certamente tinha em seu veículo um rádio transistorizado, AM/FM em sua maioria, talvez um toca-fitas, com rádio, e muitos tinham também alguma forma de reforço na amplificação sonora dele, pois havia, e ainda há, a limitação de tensão máxima de bateria automotiva, usualmente 12VCC. Sem artifícios adicionais, teremos, se conseguirmos transferir toda a tensão para a carga (o que não ocorre), normalmente de 4Ω de impedância, no máximo, uns 5 watts por canal disponíveis. De forma realista, uns 3 watts a 4 watts eram obtidos, com bastante distorção.
Para isso, antes do surgimento das fontes comutadas em alta frequência, havia, basicamente, duas opções: “boosters” com autotransformadores à saída ou circuitos em ponte, trabalhando com baixa impedância de carga.
A segunda opção também tinha limitações de potência. Oferecia qualidade sonora superior à dos “boosters”, mas estes podiam fornecer bem mais potência, com a qualidade que vocês poderão observar nas medições feitas neste artigo.
Hoje os equipamentos são bem sofisticados e permitem a obtenção de mais potência com bastante qualidade sonora. A limitação para ouvir-se som de qualidade nos automóveis fica, técnica e basicamente, restrita às condições ambientais.
*Engenheiro Eletricista
Grande Marcelo!!!
Tive um MK-II em 1985 quando tinha 20 anos, um Maverick 302V8 nas mãos de e bem pouco juízo na cabeça. Estar vivo após um V8 aos 20 anos na década de 80 é um milagre!
Mas vou te dizer: tocava MUITO! E era o que havia de melhor na época. Ver a foto dele me trouxe a memória instantânea da instalação do som no Maverick!
Obrigado por mais este artigo delicioso….e Feliz Natal
Fernando Kosin
Obrigado, Fernando. Os Infinity eram objeto de desejo da galera, isso é verdade. Forte abraço e Feliz Natal!